F1 - Epílogo de 2013, Antevisão de 2014

O ano de 2013 foi péssimo para os fãs da competição em si. Apenas os apoiantes de Sebastian Vettel se salvam neste capítulo, pois assistimos a um verdadeiro "one man show" por parte do piloto alemão. Tetracampeão, aos 26 anos, igualou o maior número de vitórias numa época (13 em 19), bem como superou o maior número de vitórias consecutivas (9), o que lhe permitiu terminar o campeonato numa incrível série de 231 dias sem conhecer o sabor de qualquer outro lugar que não o primeiro no pódio. Nem nos tempos de Michael Schumacher assistimos a algo do género (não fosse a sua diferença para para o segundo classificado, Fernando Alonso, também um recorde). Alonso e Nico Rosberg, com duas vitórias cada, Lewis Hamilton e Kimi Raikkonen, com uma, foram os únicos que conseguiram contrariar o domínio da Red Bull-Renault em corrida, equipa que consequentemente, venceu o quarto título mundial consecutivo de construtores (a Mercedes foi a segunda classificada). 

Notas marcantes do ano foram também o fim da série de provas consecutivas nos pontos de Raikkonen (que constitui um recorde), iniciada no Bahrain, em 2012, com término no Grande Prémio da Bélgica, 27 provas depois. A McLaren realizou uma temporada para esquecer, já que foi apenas o quarto ano em que a escuderia terminou sem qualquer lugar no pódio, o primeiro em 33 anos. A Mercedes conseguiu, mesmo que por poucas vezes contrariar o domínio da Red Bull, enquanto que a Lotus, apesar dos problemas financeiros conseguiu 14 classificações no pódio (8 através de Kimi e 6 por parte de Grosjean). Mark Webber realizou a sua última temporada no escalão máximo do automobilismo, tendo sido mais notícia pelos momentos caricatos onde esteve presente, entre os quais a ultrapassagem de Vettel ao australiano contrariando a ordem da equipa, além da "boleia" que recebeu de Fernando Alonso, no Grande Prémio de Singapura, do que propriamente pelos resultados obtidos.

2014 

Para bem da competição, é urgente mudar os índices de competitividade da prova. Mais um passeio da Red Bull e será bastante prejudicial para as audiências televisivas, entre outros aspectos. Muitas mudanças importantes a ter em conta, como a existência de novos motores V6 em vez de V8, uma versão mais potente do sistema de recuperação de energia, bem como alterações a nível da aerodinâmica. "Dança das cadeiras" em algumas equipas, onde Daniel Ricciardo (ex-Toro Rosso) substitui Mark Webber na Red Bull, Pastor Maldonado substitui Raikkonen na Lotus, sendo que o finlandês segue para a Ferrari, onde formará uma dupla espectacular com Fernando Alonso. Não existirá piloto número 1 dado o temperamento dos dois, pelo que existe uma grande expectativa do que poderão fazer, na luta com Vettel. Daniil Kvyat assumiu uma vaga na Toro Rosso, lugar esse que todos os portugueses queriam que fosse para António Félix da Costa. O número total de Grandes Prémios vai manter-se nos 19: para compensar a saída dos GP da Índia e Coreia do Sul teremos o regresso do GP da Áustria e a estreia do GP de Sochi, na Rússia. O elevado número de alterações pode levar a que todas as equipas iniciam os trabalhos praticamente "a partir do zero", mas quem conta com Christian Horner, e principalmente Adrian Newey, leva logo vantagem.

A. Carvalho

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